Enologia
Viticultura: Tradicional, não mecanizada na quase totalidade da quinta.
Vinificação: Depois da triagem das uvas, estas são depositadas por ação da gravidade em cubas de 10 e 28 hl. Após uma maceração de 15 semanas e pisas suaves, o mosto realiza a sua fermentação malolática em cuba antes de ser transferido para os tonéis.
Envelhecimento: 12 meses em barricas de 1 vinho de 225L e predominantemente de 500L.
O ano de 2015: Um ano perfeito, a figurar entre as grandes colheitas. As castas Touriga Franca e Touriga Nacional permitiram obter vinhos de uma complexidade magnífica.
Nota de Prova
De uma cor granada densa, este é um vinho muito elegante e que revela um nariz poderoso. Alcaçuz, violeta, frutos vermelhos e pretos, cacau, especiarias e notas balsâmicas casam, formando um todo muito harmonioso e complexo. Na boca, é denso, forrado com belos taninos cremosos e fechados, ganha amplitude desde o ataque. Evolui com vigor, numa estrutura potente e suave, apoiando-se numa magnífica acidez que lhe confere um belo prolongamento em boca. Um ótimo vinho de guarda.
A minha prova
Um vinho fantástico, muito atrativo logo nos aromas, promete e não desiliude... Um grande volume de boca, elegante e final persitente... Daqueles que vinho apetece mastigar e saborear sem parar!!!
ID do vinho
Região: DOC DOURO, sub-região Cima Corgo
Enólogo: Marta Casanova (enólogo consultor Stephane Derenoncourt)
Castas: Touriga Nacional e Touriga Franca
Terroir: Xisto
Clima: mediterrânico – muito pouca pluviosidade anual, verão quente e seco
Estilo: Encorpado, Elegante, Final longo
Estágio em barrica: 12 meses em barricas de 1 vinho de 225L e predominantemente de 500L
Informação Técnica: 75cl / Grau Alcólico: 14% / PH: 3,82 / Açucar Total: 0,6 g/l / Acidez Total: n/a g/l
Harmonização: Carnes vermelhas estufadas ou terrinas de carne de caça.
Sugestão de Consumo: 16 a 18º
Guarda: Até 12anos
Nota adicional: 1000 garrafas produzidas
Quinta da Côrte
Propriedade das famílias locais Pacheco & Irmãos a quinta produziu durante vários anos uvas e, às vezes, alguns lotes de vinho que eram vendidos aos grandes nomes do vinho do Porto, como Delaforce, Croft, Taylor’s ou inclusive Ramos Pinto. Seguia assim a ritmo de cruzeiro que era suficiente, um ano bom um ano mau, mantendo a propriedade na família. Embora fornecesse vinhos capazes de se integrar na grande diversidade de misturas de castas das casas com as quais trabalhava, não conseguia, por falta de meios, assumir a autonomia proporcionada pela terra para desenvolver a sua própria gama.
Em 2012, Philippe Austruy, proprietário de várias quintas em França e no estrangeiro, procura uma quinta no Douro. Quando visita a Quinta da Côrte, é amor à primeira vista: os edifícios estão em muito mau estado e nota-se uma falta de manutenção crónica por todo o lado. Porém, a propriedade tem um grande potencial. Demora mais de um ano para concretizar a aquisição junto de todos os herdeiros, mas em finais de 2012, as obras podem começar! Em primeiro lugar, a vinha e a adega são alvo de todas as atenções. A partir da colheita de 2013, a Quinta da Côrte produz um tinto do Douro que prova logo à partida a excelência da região.