Enologia
O Inverno começou extremamente seco mas a partir do mês de Março os níveis de água no solo foram repostos com a forte pluviosidade que se verificou principalmente nos meses de Março e Abril. Os meses seguinte de Junho e Julho foram bastante instáveis com períodos de chuva intensa e outros de seca e altas temperaturas. Seguiram-se os meses de Agosto e Setembro extremamente quentes.
A vindima na Quinta da Côrte teve início no dia 17 de Setembro de 2018.
Em cubas de inox com controlo de temperatura. Maceração prolongada. Estágio em barricas de 500 l de carvalho francês até ao seu engarrafamento em março 2020.
Nota de Prova
Aromas de frutos vermelhos (amora, groselha preta) e algumas especiarias. Na boca tem taninos firmes mas suaves, longo e muito elegante.
A minha prova
Eu preferi a colheita de 2017, aliás guardei algumas na minha garrafeira pessoal por achar que era um vinho fantástico para beber agora ou para guardar.
O de 2018 tem fruta está mais exuberante, para quem prefere, mas sempre com intensidade e final longo. Convém decantar..
ID do vinho
Região: DOC DOURO, sub-região Cima Corgo
Enólogo: Marta Casanova (enólogo consultor Stephane Derenoncourt)
Castas: 25 %Touriga Franca, 25 % Tinta Roriz, 25 % Tinta Barroca, 25 % Vinha Velha (mistura de castas)
Terroir: Xisto
Clima: mediterrânico – muito pouca pluviosidade anual, verão quente e seco
Estilo: Frutado, Intenso, Final longo
Estágio em barrica: Estágio em barricas de 500 Lt de carvalho francês até ao seu engarrafamento (08/05/2019)
Informação Técnica: 75cl / Grau Alcólico: 14,9% / PH: 3,85 / Açucar Total: n/a g/l / Acidez Total: 5,60 g/l
Harmonização: Acompanha de entrada um prato de presunto curado, um Bacalhau assado no forno, Polvo à lagareiro, um naco de vitela ou um cabrito assado no forno.
Sugestão de Consumo: 15º
Guarda: Até 10anos ou mais
Nota adicional: 13000 garrafas
Quinta da Côrte
Propriedade das famílias locais Pacheco & Irmãos a quinta produziu durante vários anos uvas e, às vezes, alguns lotes de vinho que eram vendidos aos grandes nomes do vinho do Porto, como Delaforce, Croft, Taylor’s ou inclusive Ramos Pinto. Seguia assim a ritmo de cruzeiro que era suficiente, um ano bom um ano mau, mantendo a propriedade na família. Embora fornecesse vinhos capazes de se integrar na grande diversidade de misturas de castas das casas com as quais trabalhava, não conseguia, por falta de meios, assumir a autonomia proporcionada pela terra para desenvolver a sua própria gama.
Em 2012, Philippe Austruy, proprietário de várias quintas em França e no estrangeiro, procura uma quinta no Douro. Quando visita a Quinta da Côrte, é amor à primeira vista: os edifícios estão em muito mau estado e nota-se uma falta de manutenção crónica por todo o lado. Porém, a propriedade tem um grande potencial. Demora mais de um ano para concretizar a aquisição junto de todos os herdeiros, mas em finais de 2012, as obras podem começar! Em primeiro lugar, a vinha e a adega são alvo de todas as atenções. A partir da colheita de 2013, a Quinta da Côrte produz um tinto do Douro que prova logo à partida a excelência da região.